Por que em cores? Irei continuar a fazer edições desta
forma? Bem, quis fazer esta edição em cores, pois a imaginei uma edição
especial e apesar de pretender fazer outras desta forma, não será regra. Maria,
a louca é uma personagem que gostei muito de ter criado e acho que ela merecia
uma edição diferenciada.
Pode parecer que não, mas colorir as edições dá muito mais
trabalho que a finalização em preto e branco e por falta de uma equipe nesta área,
por enquanto as edições devem permanecer como estão. Outra coisa que venho
fazendo e pretendo manter é a rotatividade de desenhistas nas capas das HQs. Esta
é uma forma de mostrar o trabalho de outros bons desenhistas e mesmo de varias –
pelo menos as capas.
É possível que futuramente outra pessoa possa desenhar
alguma edição de A Era das Trevas para mim, já que não me considero um bom
desenhista, mas o roteiro será sempre feito por mim.
Outro ponto marcante da revista que pretendo manter é a
falta de linearidade nas histórias. Não seguirei de maneira direta todas as
edições, apesar de achar que pelo menos a edição 5 e 6 devam seguir a
cronologia correta. E já lhes adianto que a edição 5 será uma continuação
direta da número 2: A Prisão. Então os jovens e inexperientes ladrões Duke e
Anton voltarão ao lado de Maria, a louca, no melhor estilo “rastejantes de
masmorras” na prisão da Paz de Espírito e da Fé.
Voltando a edução #4, vocês puderam conhecer um pouco da história
de Maria. Segundo meu irmão Dirceu “Dick” Sousa, responsável pela capa deste número,
a origem da personagem deu pena. Mas é todo o sofrimento que moldou a mente da
personagem. Ela não é realmente louca, na verdade, ela está mais para alguém
incapaz de cair na loucura.
Na edição #2 a personagem parecia estar totalmente alheia a
tudo que acontecia até que Duke lhe entregou uma “máscara”. Esta é a verdade,
ela simplesmente abstraiu todo o sofrimento para que pudesse agüentar a pressão
de estar naquele lugar.
Duke a trouxe de volta e apesar de sua violência, ela se
mostrou bastante sã. Seus atos são atribuídos a uma pessoa louca, quando na
verdade estão mais para uma pessoa ressentida e criada em meio à violência e
privação. Mas esta é apenas uma interpretação. Qualquer pessoa que leia poderá
pensar outras coisas.
Apesar de não mencionado, esta edição foi ambientada em uma
cidade do reino de Rorara e o escudo no peito dos soldados fazia parte do brasão
do reino. A cidade de Maria fica próxima a divisa do reino de Ulandi, portanto
não tão distante da prisão da Paz de Espírito e da Fé, que está no centro de
seu reino.
Outro dado importante – que também foi dito – e que o pai
adotivo de Maria é um sacerdote ex-aventureiro, na verdade um clérigo para os
rpgistas. Isso explica seus equipamentos: todos mágicos, conseguidos em seus
tempos de aventuras. Talvez eu conte alguma de suas aventuras da juventude
(narradas por Maria) ou ainda, talvez apareça algum ex-colega que pode estar na
ativa ou não. Mas por enquanto é só.
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